domingo, 17 de fevereiro de 2008

Após 'não' do Yahoo, Microsoft enfrenta dança das cadeiras

Diversos executivos mudaram de cargo e foram promovidos.
Reestruturação sugere preparação, caso empresa faça acordo com Yahoo.
A Microsoft anunciou uma reformulação dos quadros executivos de sua deficitária divisão on-line, na quinta-feira (14), entregando um cargo importante a um profissional vindo de fora da empresa, antes da possível fusão com o Yahoo.

Brian McAndrews, antigo presidente-executivo da aQuantive, uma empresa de publicidade digital adquirida pela Microsoft no ano passado, assumirá maiores responsabilidades na divisão de serviços on-line do grupo, entre as quais boa parte das funções do presidente da divisão, Steve Berkowitz, que deixará a empresa em agosto, anunciou o grupo em comunicado.

Embora a empresa tenha também promovido dois outros executivos a posto de comando na divisão, a reestruturação sugere para alguns que McAndrews, 47, provavelmente ocuparia um posto de comando na combinação entre a Microsoft e o Yahoo, caso este aceite a oferta de US$ 41,8 bilhões da Microsoft.

"Se alguém é capaz de resolver os problemas do serviço on-line da Microsoft, é McAndrews", disse Matt Rosoff, analista da Directions on Microsoft, uma empresa independente. "Ele é a pessoa que tem mais experiência em publicidade, e a empresa dependerá pesadamente de seu trabalho."

Um porta-voz da Microsoft afirmou que as mudanças não estão relacionadas às negociações com o Yahoo, apontando que sete outros executivos também forma promovidos a vice-presidências.

McAndrews, antigo executivo da rede de televisão ABC, deve desempenhar papel central na integração da plataforma de publicidade Yahoo à da Microsoft, e na criação de uma potência na publicidade on-line que consiga concorrer com o Google. Ele comandou a aQuantive por sete anos, desenvolvendo relacionamentos com agências de publicidade, anunciantes e empresas de internet.

A proposta, composta metade em dinheiro e metade em ações, foi feita em 1º de fevereiro. Quando foi anunciada, ela equivalia a US$ 44,6 bilhões de dólares. Desde então as ações da Microsoft caíram, reduzindo também o valor da oferta. O Yahoo rejeitou, alegando que a proposta subestima o valor da empresa. A Microsoft alega que a oferta é "completa e justa", mas os analistas esperam que ela eleve o preço para garantir o negócio.
Fonte: G1

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