terça-feira, 7 de outubro de 2008

Guitar Hero: World Tour [Prévia]




Periféricos inovadores e um estúdio embutido.
Quem tem acompanhado o andamento da franquia “rocker” da Activision não vai poder negar algo que é fato: a empresa tem investido pesado para transformar Guitar Hero: World Tour em algo muito além de uma seqüência “caça-níqueis”. Pode-se considerar o título como um verdadeiro salto — tanto em quantidade quanto em qualidade — em relação aos jogos anteriores.

Acompanhar alguns dos maiores clássicos do rock transformando a sala de casa em um palco já era algo divertido? Que tal agora compor os seus próprios “clássicos”? Palhetar e pressionar cinco notas coloridas já era algo divertido? O que dizer então da nova barra para slides que deve ainda trazer várias outras funcionalidades e possibilidades até mesmo para composição? Realmente, Guitar Hero: World Tour parece quase o nascimento de uma nova franquia.

Novas “armas”

Antes de começar a falar sobre toda a extensão de um dos títulos mais esperados atualmente, vale falar aqui um pouco sobre as novas e melhoradas “armas” que deverão acompanhar World Tour.

  • Guitarra
Um dos saltos mais evidentes está na nova guitarra de botões coloridos. Bom, em primeiro lugar, vale ressaltar aqui: não, você não perdeu o seu dinheiro comprando um dos modelos antigos do periférico (a Les Paul ou a Explorer). De forma alguma. A Activision garante a completa compatibilidade das antigas guitarras com o novo título. Porém, algumas novidades só serão plenamente experimentadas com o novo e totalmente reformulado periférico.

Assim que se bate o olho na nova guitarra, a primeira coisa que se percebe é a nova barra sensível ao toque. Isso para o caso de você não ser um esteticista, que provavelmente repararia primeiro no visual totalmente reformulado do instrumento, que é maior — o que faz com que se pareça muito mais com uma guitarra de verdade — e possui agora um acabamento muito mais refinado.

Entretanto, em termos de jogo, a nova barra é um acréscimo bastante significativo, tanto para compor a nova jogabilidade quanto para criar os seus próprios “riffs” no Music Creator. Em relação à composição, algo será dito mais a frente. Na hora de empunhar a guitarra, as coisas ficam agora bem mais personalizáveis. Isso porque a nova barra permite que se alterem várias características do som durante a execução de uma música.

Pode-se agora alterar o “sustain” (tempo em que a nota fica soando) de uma nota, um acréscimo bastante notável, levando-se em conta que antes a única interação possível com a música se dava através da alavanca da guitarra. Além disso, a barra também facilitará muito as coisas na hora de tocar “tappings” e até mesmo o “slap” do baixo.

Outra diferença bastante evidente é o novo botão “back/select”, que é na realidade a ponte da guitarra. Além de tornar a estética do instrumento muito mais verossímil, o botão ainda serve como uma alternativa para ativar o “star power” e ainda guarda uma funcionalidade para o modo de composição.

Afora isso, é a boa e velha guitarra de Guitar Hero, sem fio, com um acelerômetro para ativar os especiais e um acabamento polido — que deve ganhar agora novas “faceplates” (placas que cobrem a frente da guitarra) como adorno. O direcional também ganhou um estilo novo, parecendo agora um verdadeiro “knob” de guitarra.

  • Bateria

Talvez o novo kit de bateria de World Tour não vá tão longe quanto a bateria eletrônica real que será um opcional para o novo Rock Band 2 (que infelizmente também deverá ter preço de bateria real). Não obstante, o novo periférico apresenta vários novos atributos para acompanhar o ar de coisa nova do título.
Em primeiro lugar, acabaram-se as brigas com os vizinhos. Isso porque o kit é muito mais silencioso do que aquele que acompanha Rock Band, já que possui um isolamento muito maior. Além disso, aquela sua tia de mais idade não vai correr o risco de tropeçar em fios já que, assim como a guitarra, a nova bateria é wireless.

Vamos à estrutura: são três pads — com o diâmetro um pouco maior que o do concorrente —, dois pratos e um pedal de bumbo. Os dois pratos ficam nos tons, e podem ter a sua altura regulada. Os especiais são disparados batendo-se nos dois pratos ao mesmo tempo.

O novo kit também terá a sua parcela de contribuição às novas possibilidades de composição de World Tour. Os pads agora respondem de acordo com a velocidade da batida, o que terá um impacto direto na hora de criar as suas próprias músicas.

Microfone

O “frontman” da banda contará com um microfone que, para todos os efeitos, é exatamente isso: um microfone. Assim como os demais periféricos, este não terá fio. Entretanto, em alguns momentos do jogos será inevitável o uso do controle padrão — para navegar pelos menus, etc.

Diferentemente do que acontecia em Rock Band, não será necessário esperar por um momento específico para disparar os especiais. Tendo energia suficiente acumulada, basta que se bata no periférico ou se faça sempre o mesmo som padrão para se ter o efeito.

Criando o seu próprio rockstar
Apesar da afirmação da Activision de que World Tour trará astros de rock reais para serem utilizados como “avatares” durante o jogo — nenhum nome foi citado até o momento —, muita gente com certeza vai preferir colocar o seu próprio tempero e criar um músico à sua maneira.

E isso será possível, já que o título trará o mesmo modo de personalização contido em jogos como os da série Tony Hawk ou Tiger Woods. Praticamente qualquer coisa é possível, desde o roqueiro mais clássico até algo similar a um marciano. É claro que aqueles menos dotados de inclinação artística ou paciência poderão simplesmente utilizar alguns padrões prontos.

Entretanto, quem quiser criar algo realmente único poderá alterar praticamente qualquer coisa, desde sexo, estilo (punk, gótico, “rocker”, etc.) até o tamanho da mandíbula, queixo, bochecha, olhos, orelhas e até mesmo as sobrancelhas. Também será possível criar um verdadeiro astro do “glam” alterando a cor da pele e acrescentando toneladas de maquiagem.

Será possível até mesmo escolher as poses que o seu astro faz quando entra no palco, termina bem um show ou é vaiado. Além disso, existe ainda uma infinidade de roupas e outros acessórios com os quais se pode gastar o dinheiro ganho nos palcos.

Instrumentos virtuais

Para aqueles mais inclinados em personalizar tudo o que aparece pela frente, vai uma boa notícia: em World Tour até mesmo os instrumentos poderão ter a sua marca pessoal.
Será possível criar uma assinatura sua tanto no microfone quanto na guitarra, na bateria ou no baixo. Para o baixo e a guitarra, deve-se escolher inicialmente o formato básico do corpo. Em seguida escolhe-se a cor, o formato do “headstock”, as marcações das casas, a placa que cobre o instrumento, os potenciômetros, os captadores, a ponte e até mesmo o tipo de corda. Isso sem falar na enorme quantidade de decalques que podem ser colados para finalizar a “obra”.

Até mesmo as faixas que correm sob as notas durante a música poderão ser modificadas.

Criar uma bateria e um microfone será uma tarefa bastante similar, embora um pouco mais limitada. Para a bateria, o jogo oferecerá também uma variedade de formatos, acabamentos e texturas, sendo que será possível ainda colocar em frente ao bumbo um adesivo com o nome da banda ou qualquer outra coisa. O vocalista terá apenas a possibilidade de escolher entre tipos de microfones, pedestais e a cor — afinal, é apenas um microfone.

Um verdadeiro estúdio embutido

Desde o seu anúncio oficial, um dos acréscimos mais comentados de Guitar Hero: World Tour tem sido o novo e totalmente original Music Creator. Entretanto, até pouco tempo atrás, não se tinha a real idéia de até onde essa ferramenta seria capaz de ir. Bem, ela vai longe. Muito longe.

Em primeiro lugar, vale lembrar que, sim, é uma ferramenta em teoria bastante completa e, justamente por isso, também bastante complexa. Entretanto, não se trata de um aparato confuso destinado apenas para os mais aficionados por mixagem e assuntos afins. Se o jogador quiser, pode simplesmente sair tocando; o jogo simplesmente dá conta do resto.

É claro que isso é quase um pecado, já que o colorido da coisa está realmente nas amplas e variadas ferramentas de criação. Talvez o único ponto negativo seja a impossibilidade de se criar linhas vocais.

O jogo também sabe tratar muito bem aquelas pessoas com mais euforia do que conhecimento de música, oferecendo para isso uma ajuda passo a passo para criar a primeira composição.

Para começar a criação da sua obra prima, deve-se primeiro escolher as linhas básicas de baixo e bateria, ajustando o tempo. Você não tem a menor noção de ritmo e apenas aperta os botões quando chegam ao final da tela? Sem problemas, basta “dizer” ao jogo para encaixar corretamente as suas notas no padrão rítmico escolhido.

O jogador começa escolhendo um kit que vai definir uma espécie de esqueleto para a música. “Loops” de bateria são então designados para cada um dos cinco botões, enquanto que a barra sensitiva pode ser utilizada para interromper uma seqüência rítmica temporariamente e a alavanca vai alterar a afinação das notas. A ponte da guitarra deve ainda acrescentar o efeito “palm mute” às notas.

Encarnando Joe Satriani

Para compor as bases de guitarra, basta que se “rebobine” as linhas de baixo e bateria para em seguida tocar por cima. Por fim, chega um dos momentos mais aguardados: a hora de compor o solo.

Em primeiro lugar, vale citar a nova parceria entre a Activision e a fabricante de amplificadores e modeladores de guitarra, a Line 6 (responsável pelo Pod). Graças à essa tecnologia, World Tour traz uma infinidade de timbres diferentes, podendo variar entre marcas de amplificadores até o número de auto-falante da caixa.

Definido o timbre do instrumento, escolhe-se então a nota que servirá de base e também a escala utilizada no solo. Basta então utilizar os efeitos já citados acima para alterar o som, sendo que a nova barra sensível ainda poderá acrescentar stacattos (notas tocadas de forma ríspida) e também dar mais “sustain”.

Tudo isso com apenas cinco notas disponíveis? De jeito nenhum. Para alterar a altura das notas (mais grave ou mais agudo) basta que se erga ou abaixe o corpo da guitarra. A ferramenta GH Mix ainda deve ajudar na mixagem, permitindo editar seções, copiar e colar o refrão, etc.

Para o caso de se criar uma verdadeira seqüência para “Through The Fire And Flames”, praticamente impossível de ser reproduzida pela maioria dos mortais, a boa mecânica do jogo entra em cena e ajusta as coisas para permitir que os menos “virtuosos” também possam apreciar a sua obra.

Divulgando o seu trabalho

Aproveitando a recente migração dos jogos para universos online, World Tour traz a boa possibilidade de se compartilhar cada um dos seus trabalhos através do GH Tunes. O sistema permitirá que se disponibilize na rede até 100 criações próprias, tendo ainda a possibilidade de se baixar mais de 200 obras de outros artistas dos botões coloridos.

Cada música compartilhada ainda poderá ter uma capa com arte exclusiva. A obra completa será então armazenada de acordo com o gênero. Estando nos servidores da Activision, esta irá avaliar e colocar em um ranking que levará em conta fatores como o número de downloads e as notas dadas por outros usuários.
Bom, depois dessa enxurrada de novidades, vem a inevitável pergunta: quanto essa maravilha toda vai custar? Nenhum valor específico foi citado até o momento, a Activision se limitou a dizer apenas que será um preço “competitivo”. O negócio é ir guardando os tostões.

Guitar Hero: World Tour deve chegar às prateleiras dia 26 de outubro.

Fonte: Baixaki Jogos



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