sexta-feira, 23 de julho de 2010

O que acontece quando Spore encontra Diablo?


A Comic-Con ainda não começou, mas muitos críticos já estão obtendo informações quentes sobre jogos que aparecerão na conferência. Os sites IGN e GameSpot, por exemplo, conseguiram novos dados sobre a mais nova promessa da Maxis e da Electronic Arts: Darkspore. Mas não se deixe enganar pelo nome, pois este título herda apenas algumas bases do famoso Spore.

Na verdade, as características principais do lançamento lembram nomes como Diablo ePokémon. A franquia da Blizzard claramente influenciou os desenvolvedores de Darkspore, pois o estilo da jogabilidade do novo game é tradicional: divisão por classes — basicamente um guerreiro, um mago e um ladrão (rogue) — em um mix de ação e RPG. Principalmente, o que muda é a recompensa da matança.


Progressão gradual

O enredo retrata um experimento feito pela antiga — e onipotente — raça conhecida como Crogenitors. Os curiosos seres foram responsáveis pelo surgimento de todo o DNA existente, mas o que importa é a mais recente experiência deles: um novo DNA, poderoso, mas muito instável.

Um indivíduo, então, resolve misturar seu DNA com o novo componente genético e, além de ficar mais poderoso, cria um exército de monstros. O resultado é a devastação dos Crogenitors, mas há uma esperança: você. Pois é, o jogador é um herói que simboliza a esperança da oposição à terrível ameaça.

Em vez do típico loot (com armas e armaduras), os jogadores recebem partes a serem utilizadas na evolução dos heróis. A “área Spore” deste jogo faz referência à personalização dos personagens com armadura e partes de corpos. Até mesmo o tamanho dessas partes — que são utilizadas como armas — pode ser modificado.

É claro que a estrutura básica do herói é pré-feita para que haja uma diferenciação entre as classes. Personalização total não é o foco dos desenvolvedores neste produto. Complementando as opções de alteração, existe a possibilidade de posicionar itens em locais, digamos, “inoportunos” em relação ao que ocorre em jogos comuns de RPG e ação.

Que venha a pancadaria!

É difícil comparar Darkspore com Spore por causa das diferenças básicas nas propostas de cada um dos títulos. O que interessa é que a nova fórmula tem um foco mais intenso no combate. Cinco diferentes cores ilustram as tendências e as resistências de cada ser na tela, bem como a base dos aspectos ofensivos do personagem controlado.

Os genesys types são os seguintes: Bio (ataques baseados em plantas e organismos), Cyber (ataques robóticos), Plasma (fogo e luz), Necro (morte e veneno) e Quantum (tempo e espaço). Quanto às classes, eis a diferenciação: Sentinel (o resistente guerreiro; combate corpo a corpo), Tempest (o frágil mago; ataques a distância) e o Raveger (o rogue; ataques furtivos).

Tudo isso leva o combatente a criar estratégias práticas com base no tipo do oponente enfrentado. É importante reforçar que o jogador tem a chance de controlar um dos três heróis em cada fase (alternando entre eles com um simples comando), podendo facilmente modificar a tática com novas combinações de elementos e adequando os movimentos de acordo com a situação.

Controles simples? Com certeza, mas há profundidade nas batalhas. Antes de cada missão, o jogador visualiza os tipos de inimigos a serem enfrentados. Assim, pode-se definir o grupo de heróis que participarão da fase, levando em conta o alinhamento dos personagens em relação aos diferentes elementos. Não tem certeza de qual tática utilizar? Simples: escolha um elemento de cada tipo.

Você e os heróis

A influência de Pokémon aparece no que diz respeito à “coleta de heróis”. Diversificando o grupo, o gamer consegue formar cadeias de poderes muito eficientes em determinadas ocasiões. Um bom exemplo é o agrupamento de um guerreiro com um mago. O resultado é uma habilidade chamada blinking, que, como o nome sugere, leva a equipe a se transportar de um ponto a outro rapidamente.

Conhecer as aptidões de um conjunto personalizado de heróis é um aspecto fundamental do jogo. Saber quais combinações realizar é crucial para o sucesso tanto em embates contra a inteligência artificial quanto em disputas contra outros jogadores.

Falando em multiplayer, até quatro jogadores podem formar um grupo. As recompensas das empreitadas em uma experiência cooperativa são mais substanciosas que o normal. Só que, como de praxe, enfrentar os inimigos ao lado de outros gamers eleva o nível de dificuldade dos oponentes.

Atraindo o público

O game requer que o jogador sempre esteja online para poder jogá-lo. Isso é uma restrição estranha, mas abre alas para a integração da comunidade com recursos como o Creature Editor. Sim, é isso mesmo: você pode criar inimigos que, se aprovados pela maior parte dos membros da comunidade, poderão aparecer em atualizações futuras do título.

Além disso, o progresso dos combatentes é armazenado em servidores online, o que torna flexível o acesso ao jogo em diferentes computadores. Com isso, o jogador nunca perde o seu avanço na história se desinstalar Darkspore em um PC. E existe, ainda, a oportunidade de brincar com o inventário em navegadores web, fora do jogo.

Esta aposta inesperada da Maxis está prevista para chegar exclusivamente aos usuários do PC em fevereiro do ano que vem

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